31 de dezembro de 2010

soninho

O sono da tarde é só o sonho querendo chegar mais cedo...
(foto: Marina, uma sergipana fofa, filha da Marta e do Luciano)

13 de agosto de 2010

Todas as palavras escritas foram jogadas ao chão. Esparramadas feito tapete . Ela olhou tristemente para o quarto e fechou os olhos para escutar os trechos que murmuravam promessas. Deitou ali mesmo, sem se preocupar se as folhas rasgariam. Queria mesmo era ver as rimas despedaçadas. E simplesmente chorou...

raízes







Um dia as folhas da árvore secaram, mas acontece que suas raízes eram fortes e estavam fincadas no chão e, na primeira chuva, esverdeou novamente...



(ana maria de abreu siqueira)






foto: ana maria de abreu siqueira

29 de julho de 2010

Um só



Em uma noite quente

O céu comemorava nossa união

Nos presenteou com estrelas

Quando senti seu olhar nos meus

Percebi que era real

Era nosso sonho em nossas mãos

O amor que sempre sonhei diante de mim

E eu pude tocá-lo...

Então escolhi não mais soltá-lo

E diante de tantos olhares, lágrimas sinceras e sorrisos

Começamos uma só vida...

(ana maria de abreu siqueira)

Fotografias: Fábio Meireles*

* Meu fotógrafo preferido, não somente pelo profissional, mas também pela pessoa encantadora! Para conferir seu trabalho visite o blog: fabiomeireles.com/blog

28 de julho de 2010


Em seu aquário o peixe cumpria dia a dia o papel, ficava horas seguidas a nadar. Todos ficavam encantados com suas cores vibrantes, mas seu coração era opaco e seus sonhos estavam longe, onde sequer podia enxergar. Queria mesmo era ser do mar...


Imagem: http://www.corbisimages.com/

4 de maio de 2010

Ofício: palhaço!

Quando o pano fecha é que o palhaço pode chorar
É no camarim que ele pode ser de verdade
Quando em frente ao espelho
E a máscara cai borrada
Pelo suor e pelas lágrimas
Ali, os olhos negam-se a segurá-las
Mostra-se homem, com suas mágoas e fraquezas
As rugas agora mostram-se
E não são rugas de gargalhadas
São rugas de vida
Mostrando que o homem que faz rir sabe chorar
E quando o palhaço chora
O faz sozinho para não apagar o encanto
São duas vidas
A que doa alegria e a que não disfarça a dor
No camarim a vida é cheia de desencantos

E o show recomeça diariamente
No palco vê-se as cores, os sonhos
E naquele breve momento o palhaço se sente amado
Pelo brilho dos olhos das crianças
Pelo som das gargalhadas
Pelo cheiro de pipoca
Pelo gosto do algodão doce
(ana maria de abreu siqueira)