7 de maio de 2009

Liberdade, escolha, responsabilidade e compromisso

Foto: autor desconhecido (web)


Lí hoje no blog da minha irmã, Ana Carla (Senta que lá vem a história) uma divagação sobre liberdade, escolha, responsabilidade e compromisso e tem um trecho que preciso dar destaque o qual ela divaga sobre um pensamento de Sartre:

A existência precede a essência" (Sartre)

"Significa que o homem não tem sua vida já pré-determinada antes de nascer. Ao contrário, ele é o que projeta ser. Ele é livre e, a cada momento, escolhe o que tem de ser." Ana Carla

Vale a pena entrar no seu blog e ler o texto completo, pois nos faz pensar em pequenos detalhes que o homens esquecem (ou fingem esquecer) de seguir, como "Ser responsável é criar os próprios valores, mas que estes sejam válidos para toda a humanidade.".

Refletindo sobre a sua divagação eu concluo, a humanidade precisa de empatia... Isso sim!
(ana maria de abreu siqueira)

Todas as vezes que te conheci...


A primeira vez que te conheci não me surpreendi, foi simplesmente você ali, apertando minha mão e sorrindo simpático. As primeiras palavras que não me recordo, mas não foram além gentilezas triviais.

Não demorou muito tempo até conhecê-lo pela segunda vez, deu-se quando percebi seu sorriso acompanhado de um olhar encantador. Algumas palavras soavam confusas, todavia gostava de tentar entender as entrelinhas e fazer brincadeiras para deixar-te também confuso. A verdade é que sentia-me bastante confortável ao teu lado. E entre um sorriso e outro pude ler teus lábios, mas diversas vezes fiz-me de tola, desentendida do que sentia. Talvez fosse medo de apaixonar-me, como se já não o estivesse.

Quando te conheci pela terceira vez estávamos a sós, disseste-me simplesmente algumas poucas palavras perdidas, as quais retorqui meio sem graça. Fiquei a paquerar-te por alguns instantes e quando me dei conta, recolhi todos os meus receios e cerrei os olhos como se, dessa forma, pudesse sentir melhor cada detalhe dos seus lábios passeando pelos meus e das suas mãos deslizando em minha nuca suavemente. No entanto, vez em quando me peguei com os olhos entreabertos, não recordo ao certo porque o fazia, gosto de acreditar que queria guardar aquela imagem e todos os detalhes daquele momento.

Deixei-me esquecer de todo o resto até perder a consciência, como bem descreve Machado de Assis, “Ficamos ali somando as nossas ilusões, os nossos temores, começando já a somar as nossas saudades”*. Naquele momento tive a certeza de não mais querer estar longe de teu corpo. Desde então já te conheci diversas vezes, te conheci como namorado, amante, amigo, companheiro, zangado, alegre, triste, amável, noivo, desligado, divertido; e cada dia, mesmo após tanto tempo, ainda me encontro enamorada e me pego fechando os olhos para sentir melhor seus lábios e o deslizar se suas mãos.

(ana maria de abreu siqueira)
Foto: Mauriti / CE (abril de 2009)
* trecho do livro Dom Casmurro