16 de julho de 2007

Estou aprendendo


Busco sempre dar o melhor de mim
No entanto o melhor de mim ainda está por vir
Pois minha vida é um constante aprendizado
E vejo que posso ser ainda melhor
Quanto mais aprendo
Percebo que ainda falta muito o que aprender

(ana maria de abreu siqueira)


14 de julho de 2007

Sabiá em minha janela...


Ah! Sabiá...
Canta em minha janela
Feito vitrola, violino, arcodeão
Sabiá seu
Voa distraído
Sob o céu meu
E se entoa nossa canção
Fecho os olhos meus
E imagino os olhos seus
Sabiá que sabia
Que meu amor por você
Jamais morreria
E deu-me seus cantares
Ele sabia
Que por você a vida toda esperaria
Canta sabiá
Canta em minha janela
E a cada visita
Traga meu amor com ela
(ana maria de abreu siqueira)
Imagem retirada do site: http://www.corbis.com.br/



8 de maio de 2007

Lembranças de um verso...


Me vem a lembrança
De um poema que não escrevi
Foi há muito tempo
Um tempo tão distante
Foi um verso silencioso
Que minhas mãos não escreveram
E meus lábios não recitaram
Somente meus pensamentos desenharam
Pobre da minha rica alma poética
Sente-se traídas pelos versos
Abafados e contidos
Estes que deixaram lembranças, apenas...

ana maria de abreu siqueira

imagem: Goya, "O sono da razão"

21 de março de 2007

O Circo, meu circo...






(homenagem a um palhaço)

Se o circo fosse minha casa
Namoraria o palhaço
Bobo e jocoso
Cheio de piadas
E brincadeiras tolas
Só para me fazer sorrir
Iria roubar-lhe beijos
E com ele voar no picadeiro
Como malabaristas
Sem temer cair


Se o circo fosse minha casa
Soltaria os bichos
Dançaria como se ninguém tivesse vendo
Distribuiria todos os ingressos
Lotaria a arquibancada
Apenas com crianças
E com quem se sentisse assim

O meu palhaço
Também mágico
Tiraria da cartola arco-íris
E faria chover estrelas coloridas

Venderia saquinhos de gargalhadas
Balas de mel
E algodão de nuvens doces


(ana maria de abreu siqueira)




Imagem retirada do site:


22 de fevereiro de 2007



A folha branca
Solitária
Sofre
Errante
A espera do poeta
E sua caneta azul
Para deslizar sobre ela

A folha branca
Sem vida
Quer uma história
Pode ter castelo e primavera
Ou um amor acabado
Pode deixar cair lágrimas sofridas
De quem as derrama escrevendo
Borrando o papel

A folha branca
Ansiosa
Espera personagens
Uma moça ou um padre
Um anjo ou uma gaivota
Quer coração
Pulso
Calor

A folha branca
Ousada
Quer sonhos
Quer ser lida
Ser usada
Envelhecer amarelada
Cheia de vida


ana maria de abreu siqueira

3 de fevereiro de 2007

...estou de volta!

Desculpe a ausência
Andei sem tempo
Estava a estudar
Outras ciências
Não as letras
Mas a poesia estava sempre comigo
Não foi ausência de inspiração
Apenas um acúmulo desta
Agora estou de volta
Ainda em meio a números,
ligações químicas, reações bioquímicas
Nascem poesias das minhas mãos