9 de setembro de 2008

Comer gargalhadas


Furtos (e surtos) na madrugada...


- estou com vontade de comer algo que me faça feliz!
- porque, então, você não come gargalhadas?




(ana maria de abreu siqueira e ana carla de abreu siqueira)

8 de setembro de 2008

Meu par

Sabe aquele par de sandálias que mora no outro lado da cidade?
Deveria vir morar morar ao lado meu
(ana maria de abreu siqueira)

Asas nos meus pés

* * *
Ah, se meus pés tivessem asas
Desataria os nós dos meus sapatos
Faria das nuvens minha grama
Riscaria todo o céu
Rodopiando com lápis multicor
* * *
(ana maria de abreu siqueira)

7 de setembro de 2008

Cá com meus botões


A pedidos, poesia a qual ganhei um dos prêmios do X Prêmio Ideal Clube de Literatura (Poesias) / 2007:

Cá com meus botões


Não me conformo com a mesmice
O marasmo me sufoca
Transbordo pensamentos inusitados
Nunca soube estagná-los
Para não cair em descontentamento
Converso cá com meus botões
Completamente excessiva e insana
Alinho palavras
Em versos desalinhados
Arrematando anseios
Graças Deus sou poeta
Insistente
Sobressalente
Veemente
Florescente
Acredito no improvável
Não enxergo o absurdo
Tenho até bom senso
Mas o escondo de vez em quando
Não quero danificar minha loucura
Nem apagar minhas alucinações
A poesia está sacramentada em mim
Sou diferente de todos
Como todos os poetas


(ana maria de abreu siqueira)

Coisas sobre mim...


Nasci em 1978 (sim, sim tenho 30 anos)! Salvei a vida da minha segunda irmã quando ela era bebê. Sempre chupei dedo, hoje parei, mas de vez em quando eu testo para ver se ainda é bom (não tem mais o mesmo gosto). Tenho três irmãs que foram minhas cúmplices nas maiores traquinagens da minha vida, a gente se ama mesmo quando diz que não (coisas de irmãs)! Nunca tive vocação para a música, aos 7 anos minha mãe comprou um violão, mas me apaixonei pelo professor, nunca aprendi uma nota. Gostava de andar com os pés no chão, mas me disseram que eu ia ficar com o pé grande e eu tinha medo. Adorava ir ao cinema com meu pai e andava de mãos dadas com ele toda orgulhosa. Sempre achei minha mãe a mulher mais linda do mundo e fazia um monte de cartinhas com versos para presenteá-la. Colecionei papel de carta. Minhas melhores férias foram na cidade dos meus avós paternos. Surfava de prancha de isopor me sentindo a surfista profissional.


Tinha medo do primeiro beijo. Na adolescência fazia agenda e colava um monte de recortes de revistas para enfeitar. Beijei pela primeira vez aos 14 anos só porque minhas amigas ficaram dizendo que eu já estava velha para isso (que absurdo), não gostei daquele negócio melado, nunca mais beijei o menino de novo e decidi que só ia beijar quando tivesse vontade (demorou tempos para vontade voltar). Hoje eu adoro beijar. Amo poesias, escrever sempre foi um refúgio para eu me sentir melhor. No colégio não era a mais popular, mas conversava com todo mundo. Já me apaixonei por um professor, por um primo, por um melhor amigo, por menino que minha amiga gostava e por um menino que nunca troquei uma palavra.


Sempre quis casar e ter filhos. Já fui pedida em casamento por 3 pessoas diferentes. Já tive uma paixão avassaladora, já beijei um cara que tinha namorada, já fui traída, já beijei meu melhor amigo, nunca beijei um cara assim que conheci. Sempre fui à festa só para dançar. Já tive grandes amores, mas o verdadeiro só conheci aos 26 anos e desde nosso primeiro beijo senti que queria ficar com ele para sempre (vou ficar com ele para sempre). O nome dele é Marcelo, ele é meu companheiro, amante e melhor amigo.


Não posso comer leite e derivados, pois sou intolerante à lactose, mas de vez em quando como porque sou teimosa. O resultado não é algo muito interessante para contar. Não sou muito cuidadosa com minhas unhas, não tenho paciência para ficar indo ao salão.


Amo ler, escrever, artesanato, comer, dançar, dormir, namorar, praia, jujuba, grama, vinho, queijo, fotografia, cozinha, fofoca com as amigas, lua cheia, sol, água, dormir de rede, varanda, brisa, água de coco, edredom, bolsas, aprender e ensinar, falar em público, ser útil, criar.

(ana maria de abreu siqueira)

Foto: Universidade Federal do Ceará - Dept. de Tecnologia de Alimentos

Vai entender o amor!


Sou vascaína
Ele é flamenguista
Sou poetisa
Ele não lê poesias
Quero casar
Ele pensa em comprar uma bicicleta
Eu calço um salto alto
Ele uma sandália Havaiana
Busco uma rotina agitada
Ele uma vida pacata
Mas o amor tem dessas coisas
Quem vai entender?
(ana maria de abreu siqueira)
Imagem: Foto dos bonequinhos que ganhei do Marcelo (Revolução dos bonecos)