Todos os dias a menina abria o livro e se entristecia ao ver as páginas ainda vazias, brancas como nuvens em um dia de sol. Não compreendia porque sua mãe lhe dera um livro sem contos ou poesias, sequer havia um sumário ou nota de rodapé. Sua mãe lhe disse:
"- Você compreenderá quando a hora chegar, mas terá que descobrir sozinha.”
Passaram dias, meses, anos e o livro ainda sem palavras foi guardado em uma caixa. Um dia, a menina, já mulher, sentiu-se inspirada e abriu aquelas páginas, agora amarelas como o céu de fim de tarde. Pôs-se a escrever, e escreveu, e escreveu, durante dias. Ao acabarem as folhas estava extasiada com a descoberta. Desenhara com palavras sua vida, seus sonhos, medos, anseios, desejos... Demorou tanto para descobrir. Sorriu e agradecida escreveu na primeira página:
Passaram dias, meses, anos e o livro ainda sem palavras foi guardado em uma caixa. Um dia, a menina, já mulher, sentiu-se inspirada e abriu aquelas páginas, agora amarelas como o céu de fim de tarde. Pôs-se a escrever, e escreveu, e escreveu, durante dias. Ao acabarem as folhas estava extasiada com a descoberta. Desenhara com palavras sua vida, seus sonhos, medos, anseios, desejos... Demorou tanto para descobrir. Sorriu e agradecida escreveu na primeira página:
“Àquela mulher que me fez enxergar quem sou. Dedico.”