Um dia quiseram que eu acreditasse que amor não é sentimento, e sim decisão. Minh’alma de poeta, sonhadora e extremista, não aceitou tal afirmação. Recusei-me a acreditar que amar é mover-se pela razão para decidir.
Hoje aprendi que amar é usar todas as razões e, ao mesmo tempo, esquecer qualquer razão. Amar é sim sentir, mas é também decidir. Amo-te porque sinto e decido todos os dias. Amo-te com todos os sentimentos espontâneos que existem em mim e com toda a razão construída em meu ser.
Amo-te por me ensinar a te aceitar com todos os defeitos que enxergo em teu jeito. Amo-te por não ser perfeito e achar-te tão perfeito para mim.
Amo-te pelas vezes que me despontaste e me fez te perdoar sem deixar mágoas, por sempre tentar não cometer os mesmos erros.
Amo-te pelas lágrimas dolorosas que me fizeram amadurecer. Amo-te pelas lágrimas de felicidade e pelas de saudade.
Amo-te por tua ausência e mais ainda por tua presença.
Amo-te por me fazer esperar-te, por fazer esta espera valer a pena e por recompensar cada segundo de distância.
Amo-te pelos beijos, beijos, beijos... e pelos quase beijos, que me alimentaram tantos desejos.
Amo-te por me fazer esquecer o mundo quando segura meu corpo, como me sinto segura em tuas mãos e por todas as danças da minha pele na tua.
Amo-te por teu cheiro me fazer suspiros e por teus sorrisos me roubar incansáveis sorrisos.
Amo-te por carregar contigo pessoas que me querem bem e por querer bem as que carrego comigo.
Amo-te por motivo algum e por todos os motivos.
Amo-te e reticências...
(ana maria de abreu, para marcelo)