22 de fevereiro de 2007



A folha branca
Solitária
Sofre
Errante
A espera do poeta
E sua caneta azul
Para deslizar sobre ela

A folha branca
Sem vida
Quer uma história
Pode ter castelo e primavera
Ou um amor acabado
Pode deixar cair lágrimas sofridas
De quem as derrama escrevendo
Borrando o papel

A folha branca
Ansiosa
Espera personagens
Uma moça ou um padre
Um anjo ou uma gaivota
Quer coração
Pulso
Calor

A folha branca
Ousada
Quer sonhos
Quer ser lida
Ser usada
Envelhecer amarelada
Cheia de vida


ana maria de abreu siqueira

2 comentários:

Ramon de Alencar disse...

...
-E na folha branca, não se tenha um fim... e sim o começo de todas as possibilidades.

...
-Qualquer papel se dobrado pode virar um barco, um avião, ou mesmo uma Rosa...

Anônimo disse...

perfeito....
te amo