28 de agosto de 2008

Liberdade! Liberdade!


Calar?
Jamais
Vou gritar
Não vou escrever palavras já grafadas
Em caderno de caligrafia
Com linhas tracejadas
Vou deixar meus cabelos crescerem
Minha barba por fazer
Vou pintar os muros
Riscar independência com tinta vermelha
Seguir com pés descalços
Roçando os dedos calejados no verde da grama
Escutar o som do meu caminhar
Passo a passo, como uma melodia loquaz
Deixar o sol laranja arder em meu rosto
Meus cartazes falarão de pássaros
Pássaros que voam absolvidos
Quero voar
Liberdade! Liberdade!
Quero pensar alto
Sonhar acordado
Cantar todas as canções proibidas
Desatar nós das mãos dos meus companheiros
Caros companheiros
Vou desenhar meu próprio rastro
Sem pisar em pegadas marcadas
Quero ser poeta, cantor, pintor, filósofo
Ou rebelde como gostam de chamar
Quero ser eu
Com todos os meus anseios e segredos
Eloqüência e impetuosidade
Paixões e desamores
Não vou me esconder
Não vou fugir
Vou lutar
Liberdade! Liberdade!
ana maria de abreu siqueira

2 comentários:

Sidarta disse...

Uuuuuuuuuhhhhhhhh... Canções de redenção... Emancipar-se... Liberdade... pra que te quero?

Anônimo disse...

ei, eu li antes de tu postar? amei!!
bjão