25 de junho de 2011
24 de maio de 2011
Professor
15 de março de 2011
Das histórias que não terminam
Despertei de dias sem inspiração
Só bastou aquele olhar
Para que uma poesia viesse despertar
No entanto, nunca terminei
A poesia foi escrita nos meus olhos
Nem o papel rabisquei
31 de dezembro de 2010
soninho
13 de agosto de 2010
raízes
29 de julho de 2010
Um só
O céu comemorava nossa união
Nos presenteou com estrelas
Quando senti seu olhar nos meus
Percebi que era real
Era nosso sonho em nossas mãos
O amor que sempre sonhei diante de mim
E eu pude tocá-lo...
Então escolhi não mais soltá-lo
E diante de tantos olhares, lágrimas sinceras e sorrisos
Começamos uma só vida...
(ana maria de abreu siqueira)
Fotografias: Fábio Meireles*
* Meu fotógrafo preferido, não somente pelo profissional, mas também pela pessoa encantadora! Para conferir seu trabalho visite o blog: fabiomeireles.com/blog
28 de julho de 2010
4 de maio de 2010
Ofício: palhaço!
É no camarim que ele pode ser de verdade
Quando em frente ao espelho
E a máscara cai borrada
Pelo suor e pelas lágrimas
Ali, os olhos negam-se a segurá-las
Mostra-se homem, com suas mágoas e fraquezas
As rugas agora mostram-se
E não são rugas de gargalhadas
São rugas de vida
Mostrando que o homem que faz rir sabe chorar
E quando o palhaço chora
O faz sozinho para não apagar o encanto
São duas vidas
A que doa alegria e a que não disfarça a dor
No camarim a vida é cheia de desencantos
E o show recomeça diariamente
No palco vê-se as cores, os sonhos
E naquele breve momento o palhaço se sente amado
Pelo brilho dos olhos das crianças
Pelo som das gargalhadas
Pelo cheiro de pipoca
Pelo gosto do algodão doce
29 de setembro de 2009
Voou...
E foi alto e mansinho
Entoando sons doces, de quem ama
Meu passarinho encontrou seu lugar
E esteja onde estiver, sei que me chama
E me ama
Sinto pelas boas lembranças
E se uma lágrima eu derramar
É saudade...
Saudade do seu cantar
25 de agosto de 2009
5 de agosto de 2009
Quero Ser Poeta
Seguindo passos de outros
Indo por um caminho já trilhado
Quero andar com meus próprios pés
Pisar em solo virgem
Transformar utopias em realidade
Abrindo espaço
Quero tocar a vida com as mãos
Minhas mãos
Ter sonhos inatingíveis
Rejeito a idéia de aceitar e calar
Quero questionar
Quero ser poeta
Ser amiga íntima do meu caderno
As palavras escritas serão minhas vozes
E quero gritar
Alto, bem alto
Não vou sair desta vida
Sem eternizar meu eu
Podem até esquecer meu rosto
Mas minha essência não morrerá
Será uma eterna lembrança
Palavras não morrem nunca
Nem que jogadas ao vento
Quero meus sonhos vivos
Porque eles são maiores do que o céu
E eu sou maior do que meus sonhos
As Valsas Invisíveis
20 de julho de 2009
sobre necessidades e desejos
Lí um texto sobre necessidades e desejos que me fez pensar como muitas vezes somos tão apegados a coisas materiais e que chegamos a deixar de lado o que realmente tem valor na nossa vida. Esquecemos de enxergar quem está ao nosso redor de tão preocupados que estamos com a hora, com uma reunião, com uma roupa ou objeto que desejamos comprar, com o penteado, com as unhas, com nossos vícios.
Às vezes sofremos por coisas tão pequenas e só percebi isso há pouco tempo, precisei apanhar da vida, precisei passar por algumas situações para realmente aceitar o que eu já sabia, pois existem coisas que a gente sabe, só esquece ou fica tão encantado com nossos bens materiais que fingimos não saber.
Aprendi que o ser vivo é dependente de certas coisas ou seres no que se diz respeito à sua vida. São diversas as nossas necessidades: matérias físicas, espirituais, sentimentais, humanas (fisiológicas). A necessidade é importante para a própria essência do homem.
Minha irmã Ana Carla me ensinou que um grande filósofo, Spinoza, descreveu que o desejo é tristeza ligada à falta de coisas que queremos tanto que pensamos não ser capaz de viver sem possuí-las. Ela, também filósofa, me ensinou que os desejos podem chegar a ser extravagantes, peculiares e, inclusive, nos escravizar. Ensinou-me ainda que não somos capazes de escolher nossos desejos, mas podemos aprender a lidar com eles, que é difícil aprender a perceber a diferença do que é desejo e o que é necessidade, mas quando aprendemos a valorizar pequenas coisas fica fácil de distingui-los.
O que tenho de mais importante e realmente necessário são: minha família, meus amigos, o homem com quem vou compartilhar minha vida, meus conhecimentos e meus valores. Sei que é com eles que vou encontrar paz, segurança, alcançar meus objetivos e realizar meus desejos (desejos também podem ser positivos) de maneira justa sem ser escrava de coisas fúteis.
14 de julho de 2009
Olhares
- Casa comigo!
Ao ver seus olhos, calmos e brilhantes mal pude acreditar. Naquele instante só pude pensar:
- Como eu amo esse homem...
Minha voz amarrada na garganta me prendia o fôlego, mas meu olhar lacrimoso disse sim! Sim eternamente!
2 de julho de 2009
...
Hoje só quero agradecer pela vida que Deus me dá diariamente!
24 de junho de 2009
Limão, limonada
17 de junho de 2009
Caleidoscópio
No balanço do seu colo
Nos seus braços me enrosco
Minhas mãos atadas a suas mãos
Com meus olhos calados
Desenho desejos
Vejo caleidoscópio
Com as colorações dos seus beijos
Sonho nós dois
No deslizar da sua pele
No vai e vem da rede
As varandas coloridas dançam
Em meus olhos, caleidoscópio
Meus pés aos seus enlaçam
Seu calor, meu calor
Nosso calor
Feito tinta de pintar arco-íris
Caleidoscópio meu...
12 de junho de 2009
7 de junho de 2009
Há quem não queira mudar
com os mesmos móveis e colchas de retalhos
até quando antigos e puídos
Há quem não saiba fazer amigos
teme sorrir para um desconhecido
Há quem não goste de variar o caminho de volta para casa
custe a acostumar-se com novos sapatos
Há quem não queira mudar
decide acordar e dormir os mesmos costumes
todos os dias, sem perder as manias
(ana maria de abreu siqueira)
2 de junho de 2009
A menina e o livro
Passaram dias, meses, anos e o livro ainda sem palavras foi guardado em uma caixa. Um dia, a menina, já mulher, sentiu-se inspirada e abriu aquelas páginas, agora amarelas como o céu de fim de tarde. Pôs-se a escrever, e escreveu, e escreveu, durante dias. Ao acabarem as folhas estava extasiada com a descoberta. Desenhara com palavras sua vida, seus sonhos, medos, anseios, desejos... Demorou tanto para descobrir. Sorriu e agradecida escreveu na primeira página:
1 de junho de 2009
Bolsas Fairy Tale
http://fairytalebolsaseblusas.blogspot.com/
Só para atiçar a imaginação aí vai um dos modelos:
p.s. Só lembrando que as bolsas e blusas Fairy Tale são feitas por mim, minha irmã (Ana Cristina) e minha mãe! Propaganda básica (risos)!
ana maria de abreu siqueira
28 de maio de 2009
Nem toda poesia é feliz
19 de maio de 2009
Dizcontos de Fada
Eu fiz a minha e já enviei. O título é Minha Varinha Mágica e você pode conferir aqui:
moça-sereia
Só para olhar aquele moço
Seria o sorriso dele encantado?
Desde a tarde que o vira sentiu-se acordar
Tão logo despertou um desejo incontido de estar com ele
Ficava ali até se pôr o sol
E voltava para o fundo do mar
Solitária, fantasiosa
A sereia enamorada
Um dia foi estar com o moço
Tão deslumbrado ficou que pensou que fosse devaneio
E, seduzido, decidiu não mais acordar
E viver o sonho da moça-sereia
Ora no mar, ora na areia
15 de maio de 2009
...aquele lugar...
Enquanto atravessava a porteira, lembranças de um passado voavam feito borboletas, passou tempo ainda a admirá-las antes de avançar pelo terreno, como se quisesse decorar o caminho, mesmo sabendo que não era necessário. Sabia andar ali de olhos fechados. A vida não mudou muito naquele lugar, não guardava dúvidas que encontraria o mesmo jardim, a mesma casa, os mesmos rostos, as mesmas gargalhadas, o mesmo gosto de comida, o mesmo cheiro de café.
(ana maria de abreu siqueira)
7 de maio de 2009
Liberdade, escolha, responsabilidade e compromisso
Todas as vezes que te conheci...
Foto: Mauriti / CE (abril de 2009)
17 de abril de 2009
amigos
15 de abril de 2009
Se...
25 de março de 2009
Mágoa
- São minhas mágoas, repliquei.
- E elas lhe doem tanto assim?
- Sim, e faço-me cárcere dessa dor sem fim.
Pudera eu libertar essa dor
Onde hei buscar consolo?
Se choro é porquê me dói
Ao lembrar-me daquela voz hesitante
Acompanhada confissões dolentes
Enquanto escutava buscava manter-me calma
Doía dentro, em mim
Meu peito se fez ferida
E teu olhar se fez medroso e afoito
Querendo roubar-me qualquer vestígio de esperança
Impossível desvencilhar desse amor
Pudera eu perdoar
Quisera eu esquecer
- Ainda me aborreço e, de tanta fadiga, mal posso dormir.
- Vou respeitar tuas lágrimas e lástimas.
- Receio perder a alegria, respondi hesitante.
Apenas encostou minha cabeça em seu peito e disse:
- Peço-te perdão. Não estou impassível e meu amor por ti é infindável.
Minha voz trêmula fez promessa:
- Prometo tentar, chorei em silêncio.
Pensei em dizer o quanto o amo, mas guardei em mim. Para quando eu acordar desse pesadelo.
10 de março de 2009
Enfim, sou mestre! E escrever isso dá uma sensação inexplicável, uma mistura de dever cumprido, alívio, felicidade, orgulho e (acreditem!) saudade. É sim, saudade! Não se surpreendam, apesar do cansaço e dos problemas enfrentados, a experiência foi importante não só para a minha formação profissional, mas, principalmente, para a minha formação pessoal. Enfrentar desafios me faz acreditar que posso voar cada vez mais alto. E eu quero mais, sempre mais!
(ana maria de abreu siqueira)
Aprendi a voar
Desejei ter nascido fada
Com asas longas e varinha de condão
Daí eu cresci
E hoje acredito que sou fada
Pois percebi que posso voar
Voar alto
Voar longe
E posso até realizar meus sonhos
Minha varinha mágica?
A fé e a força
29 de dezembro de 2008
Meu enlaço
Eu e os versos
Meus anseios
Meus desejos
Sou minhas palavras
E minhas palavras sou eu
Às vezes nem sei quem é quem
Penso que sou os versos
E que eles me escrevem
23 de dezembro de 2008
Minha janela
Cheia de veios e cor amarela encardida
Velha e pequena
Mas cabia em meu quarto
Exatamente do tamanho do buraco da parede
Encaixei-a e fiquei a fita-la
Achei-a bonita
Talvez fizesse um remendo aqui
Outro aqui
Quem sabe um acolá
Coloquei uma cortina de renda branca
Um jarro com flores amarelas
E um sino dos ventos colorido
Nada mal
Perfeita para debruçar-me
O Sol não resistiu, apaixonou-se
Mandou raios calorosos para presenteá-la
Meu encheu-se de tons alaranjados
O vento, não querendo ficar para trás
Entrou em minha janela
E a saudou dançando com as cortinas
A Lua, enciumada, quis participar da festa
Tratou logo de inventar arte com o Sol
E um show multicor surgiu no céu
E foi assim que nasceu uma janela
19 de dezembro de 2008
E a despedida...
- Ahhhh...
(silêncio)
(pensamentos)
(arfar de peito)
- Então, boa noite!
- Boa lua!
- Boa rua!
- Boa música!
- Boa boemia!
- Bom caminhar!
- Bom esperar!
- Bom sonhar!
- Bom desassossego!
- Bom aconchego!
- Bons desejos!
- Bom recordar!
- Bom me escrever!
- Bom não me esquecer!
- Bom me procurar!
- Eu vou voltar!
28 de novembro de 2008
Como as músicas de Chico
invade meus ouvidos
manso, devagar,
com notas perfeitas
que se enlaçam feito amantes
letras desenhadas
feito tatuagem
melodia emoldurada
a divagar
como as músicas de Chico
assim...
bossa,
minha nossa...
(ana maria de abreu siqueira)
Deitei de novo, mas não me deixou dormir, ficou ali imóvel a esperar, me incomodando de um jeito que precisei ser ríspida. 'Puxa! Preciso dormir, estou cansada. Não podemos deixar para amanhã?' Mas nada disse, ficou me olhando com um olhar calmo. Percebi então que estava disposta a ficar ali a noite inteira esperando.
Rendi-me, levantei, lavei o rosto, fiz um café e sentei com lápis e papel na mão. Olhei para ela e perguntei o qual era seu desejo. Foi quando percebi que os objetos no meu quarto voavam sutilmente, na folha branca as palavras dançavam, dando as mãos, cantando versos. Pude dormir quando a lua estava indo embora. Antes mesmo de fechar os olhos pude ver a inspiração fechar a porta do quarto cuidadosamente.
29 de outubro de 2008
meu passarinho
De tão pequeno, se faz pouquinho
E voa baixinho, devagarzinho
Canta doce, bem levinho
Mas tão longe fica seu ninho
Vou arrumar as malas e pegar o caminho
Seguir até seu cantinho
Só para sentir seu carinho
ana maria de abreu siqueira
13 de outubro de 2008
Choro
9 de setembro de 2008
Comer gargalhadas
8 de setembro de 2008
Meu par
Asas nos meus pés
* * *Ah, se meus pés tivessem asasDesataria os nós dos meus sapatosFaria das nuvens minha gramaRiscaria todo o céuRodopiando com lápis multicor* * *(ana maria de abreu siqueira)
7 de setembro de 2008
Cá com meus botões
A pedidos, poesia a qual ganhei um dos prêmios do X Prêmio Ideal Clube de Literatura (Poesias) / 2007:
O marasmo me sufoca
Transbordo pensamentos inusitados
Nunca soube estagná-los
Para não cair em descontentamento
Converso cá com meus botões
Completamente excessiva e insana
Alinho palavras
Em versos desalinhados
Arrematando anseios
Graças Deus sou poeta
Insistente
Sobressalente
Veemente
Florescente
Acredito no improvável
Não enxergo o absurdo
Tenho até bom senso
Mas o escondo de vez em quando
Não quero danificar minha loucura
Nem apagar minhas alucinações
A poesia está sacramentada em mim
Sou diferente de todos
Como todos os poetas
Coisas sobre mim...
(ana maria de abreu siqueira)
Foto: Universidade Federal do Ceará - Dept. de Tecnologia de Alimentos
Vai entender o amor!
Ele é flamenguista
Sou poetisa
Ele não lê poesias
Quero casar
Ele pensa em comprar uma bicicleta
Eu calço um salto alto
Ele uma sandália Havaiana
Busco uma rotina agitada
Ele uma vida pacata
Mas o amor tem dessas coisas
Quem vai entender?
28 de agosto de 2008
Insistência
Perguntas indiretas
Propostas indiscretas
Ainda queres que eu “caia nessa”?
Falas de música e poesia
Me vens com brincadeiras
Um mistura de inocência e heresia
E eu rio das tuas besteiras
Não adianta virdes com flores
Só queres perfumar meus sabores
Mas o que me pedes é um absurdo
Eu digo não e te fazes de surdo
Teu desejo é inconseqüente
Se insistires eu me aborreço
E se vens como um tolo veemente
O que faço? Eu amoleço
Liberdade! Liberdade!
Jamais
Vou gritar
Não vou escrever palavras já grafadas
Em caderno de caligrafia
Com linhas tracejadas
Vou deixar meus cabelos crescerem
Minha barba por fazer
Vou pintar os muros
Riscar independência com tinta vermelha
Seguir com pés descalços
Roçando os dedos calejados no verde da grama
Escutar o som do meu caminhar
Passo a passo, como uma melodia loquaz
Deixar o sol laranja arder em meu rosto
Meus cartazes falarão de pássaros
Pássaros que voam absolvidos
Quero voar
Liberdade! Liberdade!
Quero pensar alto
Sonhar acordado
Cantar todas as canções proibidas
Desatar nós das mãos dos meus companheiros
Caros companheiros
Vou desenhar meu próprio rastro
Sem pisar em pegadas marcadas
Quero ser poeta, cantor, pintor, filósofo
Ou rebelde como gostam de chamar
Quero ser eu
Com todos os meus anseios e segredos
Eloqüência e impetuosidade
Paixões e desamores
Não vou me esconder
Não vou fugir
Vou lutar
Liberdade! Liberdade!
9 de abril de 2008
Apesar dos meus defeitos
às vezes sou eu
(Às vezes menina)
Que brinca com as palavras
E ri (e gargalha) do tom faceto de um homem
(Às vezes menino)
Sou apenas uma mulher
(Às vezes adolescente)
Com pretensões de poetisa
Que se inspira com os gracejos de um homem
(Às vezes adolescente)
(Realmente mulher)
Que estremece e suspira
Ao sentir o toque de um homem
(Realmente homem)
(Sonhadora poetisa)
Invadida por cores, fantasias, anseios
Pelos desenhos de um homem
(De repente poeta)
Dancer with a Basque Tambourine by Jules Cheret
Disponível em: © The Gallery Collection/Corbis (www.corbis.com.br)
16 de julho de 2007
Estou aprendendo
E vejo que posso ser ainda melhor
14 de julho de 2007
Sabiá em minha janela...
8 de maio de 2007
Lembranças de um verso...
De um poema que não escrevi
Foi há muito tempo
Um tempo tão distante
Foi um verso silencioso
Que minhas mãos não escreveram
E meus lábios não recitaram
Somente meus pensamentos desenharam
Pobre da minha rica alma poética
Sente-se traídas pelos versos
Abafados e contidos
Estes que deixaram lembranças, apenas...
ana maria de abreu siqueira
imagem: Goya, "O sono da razão"
21 de março de 2007
O Circo, meu circo...
Se o circo fosse minha casa
Namoraria o palhaço
Bobo e jocoso
Cheio de piadas
E brincadeiras tolas
Só para me fazer sorrir
Iria roubar-lhe beijos
E com ele voar no picadeiro
Como malabaristas
Sem temer cair
Se o circo fosse minha casa
Soltaria os bichos
Dançaria como se ninguém tivesse vendo
Distribuiria todos os ingressos
Lotaria a arquibancada
Apenas com crianças
E com quem se sentisse assim
O meu palhaço
Também mágico
Tiraria da cartola arco-íris
E faria chover estrelas coloridas
Venderia saquinhos de gargalhadas
Balas de mel
E algodão de nuvens doces
(ana maria de abreu siqueira)